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5 de Dezembro de 2019 às 13:16

Bancários fortalecem luta contra MP 905 em sessão especial na Alepa


Unir a classe trabalhadora para combater a precarização radicalizada das relações de trabalho imposta pelo presidente Jair Bolsonaro com a Medida Provisória 905/2019. Esse foi o sentimento de diversos segmentos profissionais, sobretudo jornalistas, publicitários, radialistas, gráficos, professores e estudantes de comunicação social reunidos na sessão especial realizada no plenário da Assembleia Legislativa do Pará – Alepa, na tarde dessa quarta-feira, 4 de dezembro, através da mobilização do Sindicato dos Jornalistas do Pará – Sinjor/PA e da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj. O Sindicato dos Bancários foi convidado e esteve presente na atividade, pois a categoria bancária também é fortemente atingida pela MP 905.

A sessão especial debateu e encaminhou propostas para derrubar a referida medida que, dentre seu arsenal de maldades, acaba com o registro dos profissionais de comunicação, sociólogos e artistas. Uma das deliberações foi a publicação de uma Moção de Repúdio da Alepa a essa medida provisória, a qual será remetida ao Congresso Nacional para que a bancada paraense na Câmara dos Deputados e no Senado posicione-se de forma contrária à MP 905. Para as entidades representativas de diversos segmentos da comunicação social presentes durante a sessão, o fim do registro profissional dos comunicadores prejudica a democracia, a qualidade da informação e beneficia a massificação das chamadas “Fake News”.

Outros encaminhamentos decididos durante a sessão foram para que o Governo do Pará realize concurso público para área de comunicação de social na Assembleia Legislativa, na Secretaria Estadual de Comunicação (Secom) e na Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa); que o governo respeite a jornada de trabalho de 5 horas da categoria; e que a Alepa delibere sobre o anteprojeto de lei do piso salarial estadual dos profissionais de comunicação social.

O Sindicato dos Bancários do Pará, representado na mesa diretora da sessão especial pela sua diretora de comunicação Rosalina Amorim, e no plenário da Alepa por demais dirigentes e funcionários da entidade sindical, declarou solidariedade a todos os segmentos profissionais prejudicados pela MP 905, assim como a categoria bancária, e ressaltou que as mobilizações para derrotar essa medida provisória devem continuar nas ruas e nos locais de trabalho.

“A MP 905 é autoritária e representa a imposição de uma nova reforma trabalhista pelo governo Bolsonaro, mais cruel e prejudicial do que a que foi aprovada no governo golpista de Michel Temer, pois destrói cerca de 32 artigos da CLT; acaba com jornadas de trabalho diferenciadas, como a da categoria bancária e dos jornalistas; acaba com registros profissionais que resguardam uma série de direitos; determina trabalho aos sábados e domingos, reduz valor de multas trabalhistas e de horas extras, estabelece PLR sem negociação com sindicatos, impõe tributação sobre o seguro desemprego. Ou seja, está mais do que claro que Bolsonaro é inimigo da classe trabalhadora. Portanto, a classe trabalhadora deve estar cada vez mais unificada e mobilizada, para derrotar a MP 905 e esse governo antidemocrático”, afirmou Rosalina Amorim.

Após a sessão especial houve um ato político cultural no Mercado de São Brás em protesto contra a MP 905.

Fonte: Bancários PA


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