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22 de Setembro de 2015 às 15:18

Bancários esperam que bancos apresentem na sexta(25) proposta que atenda reivindicações

Após um mês e meio de negociações, os bancários de todo o país esperam que a Fenaban apresente uma proposta que contemple as reivindicações econômicas e sociais da Campanha Nacional 2015


Após um mês e meio de negociações, os bancários de todo o país esperam que a Fenaban apresente nesta sexta-feira 25 uma proposta que contemple as reivindicações econômicas e sociais da Campanha Nacional 2015, entregues aos bancos no dia 11 de agosto. É nessa data que o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e integrado pela Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), fará a quinta rodada de negociações com os banqueiros, em São Paulo.

Foram realizadas até agora quatro rodadas de reuniões sobre emprego, saúde e condições de trabalho, remuneração, segurança e igualdade de oportunidades, sem que houvesse avanços nas negociações. Na última, na quarta-feira 16, os negociadores dos bancos disseram que apresentariam uma “proposta global” nesta sexta-feira.

“Se existe um setor da economia brasileira que não pode reclamar de crise para negar reivindicações de seus trabalhadores é o sistema financeiro. Somente os cinco maiores bancos tiveram mais de R$ 36 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre, um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado, graças em grande parte ao esforço e à produtividade dos bancários. É a maior rentabilidade mundial. Por isso eles têm plenas condições de atender nossas reivindicações”, afirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional.

“A expectativa é que a Fenaban apresente uma proposta que possa ser levada para a avaliação das assembleias e assim também destrave as negociações das reivindicações específicas dos bancários do Banco do Brasil, da Caixa, do Banco da Amazônia, do Banpará, do BRB e do BNB”, acrescenta Avelino.

 

As principais reivindicações dos bancários

A pauta de reivindicações da Campanha 2015 foi definida na 17ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre 31 de julho e 2 de agosto, em São Paulo. As principais demandas são as seguintes:

• Reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real).

• PLR de 3 salários mais R$7.246,82 fixos. 

• Piso salarial de R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (equivalente ao salário mínimo nacional).

• Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral, que adoecem os bancários.

• Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS)  para todos os bancários.

• Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

• Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. 

• Igualdade de oportunidades: fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 

Veja aqui foram as negociações até aqui com a Fenaban e com os bancos públicos federais e regionais.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN


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