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15 de Fevereiro de 2019 às 09:11

Bancários e outras categorias vão definir plano de lutas contra a reforma da Previdência Social

No dia 20 de fevereiro, será realizada uma Assembleia Nacional, na Praça da Sé, em São Paulo. A resistência dos trabalhadores está sendo organizada pela CUT e demais centrais sindicais


O momento é de fortalecer a mobilização para barrar a proposta de reforma da Previdência, que o governo Bolsonaro deve encaminhar ao Congresso Nacional nos próximos dias. O plano de lutas dos trabalhadores, entre eles os bancários, será definido durante uma Assembleia Nacional, no dia 20 de fevereiro. O ato, em defesa da aposentadoria e da Previdência Social, acontecerá a partir das 10h, na Praça da Sé, no centro de São Paulo. Outras ações descentralizadas, como atos, assembleias, panfletagens e diálogo com a base, também estão previstas para ocorrer no mesmo dia ou em outros dias em estados como Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Piauí, e Santa Catarina, dentre outros.

Para a CUT e demais centrais sindicais que estão organizando a luta de resistência da classe trabalhadora - Força Sindical, CTB, Intersindical, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e CSB - as propostas sinalizadas pela equipe econômica do governo praticamente acabam com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros e brasileiras.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, alerta que, embora ainda não haja uma definição do texto final a ser apresentado no Congresso Nacional, as propostas vazadas até agora, como a capitalização da Previdência e a obrigatoriedade de idade mínima para o trabalhador e a trabalhadora se aposentarem, mostram que o projeto de Bolsonaro é ainda pior do que o apresentado pelo ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) e engavetado após a greve geral que paralisou o Brasil em abril de 2017.

 “As propostas em estudo têm variações, mas os pontos centrais, como a adoção do sistema de capitalização, que não tinha na reforma de Temer, a obrigatoriedade da idade mínima e ter de trabalhar ainda mais para ter direito a 100% do benefício, são extremamente prejudiciais e afetam de forma cruel os mais pobres”, diz Vagner.

Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, a proposta cogitada até agora representa um retrocesso sem precedentes ao tratar a seguridade social como uma questão financeira e não como uma ferramenta de proteção social. “Somada à lei que autoriza a terceirização indiscriminada e ao projeto de reforma trabalhista para cortar direitos consolidados há mais de 70 anos, a reforma atende aos interesses dos empresários e do mercado financeiro. Essas cruéis medidas implantam a barbárie nas relações de trabalho: aumenta a informalidade, eliminam milhões de postos de trabalho com carteira assinada, reduz a arrecadação previdenciária e, por consequência, compromete o custeio da seguridade social”, acrescenta.

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Fonte: Fenae


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