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1 de Fevereiro de 2018 às 16:57

Bancários do Itaú paralisam atividades contra reforma trabalhista


Brasília - Bancários e bancárias do Itaú de todo o país paralisaram as atividades nesta quinta-feira (1º) em protesto contra a implantação da reforma trabalhista, demissões e desrespeito ao cumprimento da convenção coletiva, com a retirada das homologações nos sindicatos. Em Brasília, as agências ficaram fechadas até o meio-dia. Diretores do Sindicato esclareceram o motivo da mobilização e pediram o apoio dos clientes e usuários, que se mostraram receptivos.

“A decisão para realizar as atividades de protesto contra as medidas que têm como base a nova lei trabalhista foi tomada pelo Comando Nacional dos Bancários, reunido em Porto Alegre, no dia 25 de janeiro”, esclareceu o secretário de Assuntos Parlamentares do Sindicato, Edmilson Lacerda, bancário do Itaú.

“Apesar da paralisação trazer incômodo para a população, explicamos a sua importância, lembrando que os bancos lucram bilhões, mas continuam com a política de demissões e, o pior, sem reposição de empregados, o que acaba prejudicando também os clientes e usuários, que ficam horas e horas nas filas”, ressalta o secretário de Cultura do Sindicato e bancário do Itaú, Sandro de Oliveira.

O diretor do Sindicato Robertinho Alves observou que a clientela teve uma boa compreensão da mobilização e todos se mostraram solidários. “O povo está ciente de que o sistema financeiro é o grande responsável pela crise do país”, avalia o também empregado do Itaú.

Ataques aos direitos do trabalhador


Marianna Coelho, secretária de Assuntos Jurídicos do Sindicato, ressaltou: “Nós estamos num momento pós-implantação da reforma trabalhista com vários ataques aos direitos dos trabalhadores bancários. Boa parte dos bancos já retirou as homologações do Sindicato numa tentativa direta de ataque ao direito do trabalhador no momento da sua rescisão, bem como alterações do contrato de trabalho que estão entrando em vigor”.

A dirigente sindical completou: “Por isso, o Sindicato, juntamente com demais entidades sindicais de todo país, está envolvido com esta atividade no Itaú para que não tenhamos mais prejuízos, ainda que na vigência do acordo coletivo, e que, antecipando o nosso calendário de negociação da campanha 2018, ao final de nossa negociação não haja prejuízo para a categoria bancária”.

Já o diretor da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Washington Henrique, falou da importância da mobilização, destacando que se a categoria não se mobilizar, todos os bancos retirarão os direitos dos bancários e bancárias. “Vamos seguir em frente, lutando em prol dos trabalhadores e contra a reforma trabalhista”, garantiu.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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