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14 de Junho de 2019 às 16:48

Bancários do Centro-Norte participam da greve geral, que envolve mais de 45 milhões de trabalhadores

Segundo levantamento da CUT Nacional, houve paralisações e manifestações em mais de 360 cidades em todo o país, superando a greve geral de abril de 2017 contra Temer


Crédito: Rodrigo Pilha

(Atualizada dia 15, às 8h18)

Os bancários da região Centro-Norte, a exemplo de todo o país, participaram ativamente da greve geral desta sexta-feira 14, convocada pela CUT e demais centrais sindicais em protesto contra a reforma da Previdência, contra os cortes na educação e em defesa do emprego e dos bancos públicos. Segundo balanço feito pela CUT, até às 13h cerca de 45 milhões de trabalhadores haviam participado da greve em mais de 360 cidades, fazendo paralisações, atos e passeatas em todo o país. No final da tarde e à noite, estavam marcadas manifestações em grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Veja aqui: Greve geral contra reforma da Previdência para Brasil de ponta a ponta.

Confira no mapa elaborado pela CUT Nacional onde houve paralisações e manifestações.

“Com essa grande mobilização, os bancários, a classe trabalhadora e a juventude deram um recado ao governo Bolsonaro e ao Congresso Nacional que não aceitam a reforma da previdência e querem a manutenção dos bancos públicos. Os protestos ganham uma amplitude maior neste momento em que gravações vazadas mostram partidarismo e envolvimento do Judiciário no processo eleitoral e contribuindo para a eleição desse governo. Se isso for verdade, fica comprovado que esse governo está aí para cumprir um papel de atender ao grande capital, eliminar as políticas públicas e com isso dilapidar o patrimônio nacional”, afirma Cleiton dos Santos, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN).

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“As manifestações massivas em todo o país são uma demonstração de resistência e de luta para impedir a implementação dessas políticas que eliminam a aposentadoria e as políticas públicas para a maioria da população. Não queremos a reforma da previdência, que ameaça empobrecer mais o país, e defendemos a existência dos bancos públicos como instituições promotoras do desenvolvimento do país, do financiamento estudantil, da moradia popular, do financiamento da agricultura, investimento nas universidades públicas e na pesquisa”, acrescenta Cleiton.

Para o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, “esta greve geral foi exitosa, apesar das práticas antissindicais de patrões e tribunais, mesmo com a repressão policial em vários estados. Foi maior do que a greve construída em 2017 contra a reforma de Michel Temer. E nós vamos a Brasília, vamos organizar novas manifestações, coletar assinaturas e entregar um abaixo-assinado no Congresso Nacional”.  

A greve e manifestações no Centro-Norte

 

No Acre, a paralisação dos bancários atingiu metade das agências em Rio Branco e o piquete foi conjunto na frente do Bradesco Centro. Houve concomitantemente manifestação de outras categorias e passeata no centro. Trabalhadores e estudantes protestaram fazendo bloqueios em frente a pelo menos uma garagem de ônibus da capital.

Os bancários do Amapá fecharam algumas agências durante todo o expediente, utilizando carro som. A partir das 16h, junto com trabalhadores de outras categorias e estudantes, os bancários participaram de caminhada pelas principais ruas de Macapá, com fechamento do Ato na Praça da Bandeira.

Em Brasília, os bancários paralisaram vários centros administrativos e agências em toda a capital. Motoristas, cobradores de ônibus, BRT e trabalhadores do Metrô pararam o transporte público de Brasília. Trabalhadores e trabalhadoras da educação, do serviço público, da iniciativa privada, terceirizados, de autarquias e empresas públicas também cruzaram os braços.

 

Trabalhadores e trabalhadoras de Formosa-GO, na base do Sintraf-Ride, ocuparam o centro da cidade em adesão à greve geral nacional convocada para este 14 de junho pelas centrais sindicais.

 

No Mato Grosso, houve paralisação parcial dos transportes em Cuiabá e Várzea Grande. Em Cuiabá, houve ainda manifestação, com concentração será partir das 14h na Praça Ipiranga.

Em Rondonópolis-MT, os bancários distribuíram aos clientes cartilhas sobre a reforma da previdência no auto-atendimento do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco,  Banco da Amazônia fazendo. Em seguida, participaram  de  passeata no centro da cidade.

Em Campo Grande MS, os bancários participaram das manifestações convocadas pelas centrais sindicais, que começaram com uma concentração a partir das 9h, na Praça doRádio Clube. Motoristas e cobradores de ônibus de Campo Grande atrasaram o inicio da jornada de trabalho em protesto contra a reforma da Previdência e começaram a voltar a partir das 7h.

Em Dourados-MS, as agências só abriram as portas depois das 11h. Um grande ato foi realizado na avenida em frente aos principais bancos, que foi interditada para a mobilização. Depois houve caminhada até outra manifestação em frente à reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que sofreu intervenção do governo federal e desrespeitou o processo legítimo, transparente e democrático de escolha de um reitor. À tarde houve outra manifestação em frente à agência da Previdência Social e depois caminhada até a Havan.

No Pará, os bancários fecharam as unidades do corredor Presidente Vargas e Nazaré, em Belém, onde se concentram a matriz do Banpará e do Banco da Amazônia, Superintendência do Banco do Brasil, Regional Bradesco, Itaú e Santander, agências da Caixa e de bancos públicos e privados. Os bancários também participaram de manifestações em Santarém, Marabá, Redenção Ourilândia do Norte.

Na capital paraense, os trabalhadores ainda impediram a saída dos ônibus das garagens em protesto contra a reforma e contra decisão judicial que determinou que 90% dos veículos circulassem. Em São Félix do Xingu também teve protesto contra a reforma da Previdência e por mais empregos.

Em Rondônia, a manifesação teve sua concentração na Praça das Caixas D’água, centro de Porto Velho, e contou com a presença de centenas de trabalhadores do ramo financeiro, da educação, telecomunicações, da agricultura, centrais sindicais, urbanitários, sindicatários, trabalhadores da Justiça Estadual e Federal, estudantes, professores e população em geral.


Fonte: Fetec-CUT/CN, com informações dos sindicatos filiados e da CUT Nacional


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