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25 de Abril de 2017 às 18:34

Bancários do Centro Norte decretam greve geral no dia 28 em defesa dos direitos

Assembleias dos sindicatos da base da Fetec-CUT/CN somam-se às dezenas de categorias de trabalhadores que vão parar o Brasil na sexta-feira contra os ataques do governo ilegítimo de Temer


Crédito: MGiora/CUT

As assembleias realizadas na semana passada e nesta semana por todos os sindicatos da base da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) aprovaram a adesão à greve geral desta sexta-feira 28 de abril contra a reforma da previdência, somando-se à mobilização nacional contra a terceirização e contra a reforma trabalhista do governo Temer – que retiram direitos e conquistas da classe trabalhadora – convocada pela CUT e demais centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.

“Estamos vivendo um momento crucial da nossa história, em que um governo ilegítimo que não foi eleito pelo povo está impondo a um Congresso Nacional conservador, ambos manchados por denúncias de corrupção, toda a pauta de interesse dos patrões para destruir direitos dos trabalhadores e aniquilar programas sociais conquistados em quase um século de lutas”, denuncia Cleiton Silva, o novo presidente da Fetec-CUT/CN eleito no 10º Congresso da Federação, realizado entre 17 e 19 de abril, em Cuiabá.

“A maneira como a classe trabalhadora enfrentará os ataques do governo definirá o rumo do movimento sindical no Brasil. O desafio é gigantesco, especialmente para nós bancários, que estamos no centro dos ataques dos golpistas. Vamos intensificar a mobilização, nos juntar às outras categorias de trabalhadores e aos movimentos sociais e vamos parar o Brasil. Só assim conseguiremos barrar os ataques aos nossos direitos”, acrescenta Cleiton.

Já fizeram assembleias e aprovaram a greve os bancários de Brasília, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Campo Grande, Amapá, Dourados, Roraima, Sintraf-Ride e Sinbama. Os bancários do Acre e de Rondonópolis fazem assembleia nesta quarta-feira 26.

Semana decisiva

Em meio à divulgação das delações da Odebrecht, que colocam contra parede o próprio Michel Temer e oito de seus ministros, o governo aposta na reforma trabalhista e na reforma da Previdência como tábuas de salvação. Com o País imerso nos escândalos de corrupção, o Planalto escora sua legitimidade nas reformas, defendidas de forma veemente pela imprensa e pelos agentes econômicos, que o sustentam no poder.

Neste cenário, a semana que se inicia nesta segunda-feira 24 será decisiva para o governo. Nesta terça-feira 25, começou a fase final dos debates das reformas trabalhista e previdenciária nas comissões especiais criadas para analisar o mérito das duas propostas.

Depois de muitas idas e vindas, na quarta-feira 19, o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), apresentou o relatório final para ser discutido e votado na comissão e depois no plenário da Câmara.

Ficou acertado entre a oposição e aliados do governo que os debates em torno do relatório serão realizados de terça-feira 25 a quinta-feira 27, para que a votação do texto na comissão se inicie no dia 2 de maio.

Em fase mais adiantada de apreciação está a reforma trabalhista, que teve o regime de urgência aprovado graças a uma manobra estilo Eduardo Cunha feita por Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara. O texto deverá ser votado na quarta-feira 26 em plenário.

O relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), aceitou emendas ao texto que havia apresentado há duas semanas até o final da tarde de segunda-feira. E mesmo não havendo necessidade de ser votada na comissão especial, nesta terça-feira 25 o deputado colocou o substitutivo do texto principal da reforma trabalhista (PL 6787/16) em votação, que foi aprovado por 27 votos a 10. Segundo o substitutivo, os acordos entre patrões e empregados poderão prevalecer sobre a lei como regra geral.

 “Por isso é importante a participação massiva dos bancários e de todos os trabalhadores na greve do dia 28, a única forma de barrarmos esses ataques”, conclui Cleiton Silva, presidente da Fetec-CUT/CN.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN com informações da Carta Capital, da Agência Brasil e da Agência Câmara

 


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