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22 de Janeiro de 2018 às 07:27

Bancários do BB em Brasília rechaçam ataque ao banco público


Crédito: SEEB/BSB

Mobilizados nacionalmente contra as ofensivas de Temer que tentam sucatear o banco, bancários e bancárias do BB promoveram, nesta sexta-feira (19), mais um Dia Nacional de Luta. Em Brasília, os trabalhadores concentraram as atividades no Edifício Banco do Brasil, no Setor de Autarquias Norte.

Durante toda a manhã, diretores do Sindicato e delegados sindicais dialogaram com o funcionalismo, alertando sobre a importância de defender os empregos e, consequentemente, o próprio banco. Diante das tentativas de desmonte da instituição por parte do governo ilegítimo, a mobilização se torna fundamental para barrar qualquer retirada de direitos.

As reestruturações, que constantemente assombram os trabalhadores, também foram alvo de críticas, já que o funcionalismo cobra a realização de concurso público e mais contratações.

Representante da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) na mesa de negociação com o banco, Rafael Zanon afirma que a defesa do banco enquanto público e a luta contra a privatização e a reestruturação serão bandeiras permanentes dos trabalhadores da empresa, preservando o legado construído pelos bancários desde 1808.

"Qualquer afronta ao BB também afeta a população e nós sabemos que a estratégia é desestabilizar a empresa para, então, vendê-la ao mercado. Reafirmamos aqui que vamos lutar pelo banco público até às últimas consequências. Não adianta quererem privatizar o Banco do Brasil porque os trabalhadores irão resistir a esses ataques", destaca Zanon, que é diretor do Sindicato.

Para Mônica Dieb, secretária de Saúde do Sindicato, "essas reestruturações, na verdade, desestruturam o bancário. O trabalhador já está habituado ao ambiente de trabalho, aos colegas e, do nada, o banco o deixa inseguro em relação à sua renda, à função e ao local de trabalho. Estamos revivendo políticas adotadas na era FHC que levou muitos bancários ao suicídio, o que é muito preocupante". Mônica reforça que o Sindicato conta com profissional da área da Psicologia à disposição para ajudar aqueles que necessitarem.

"Além de colocarem em risco a manutenção do BB como banco público, essas reestruturações não permitem que o trabalhador sequer planeje seu futuro mais próximo. Alertamos para que o bancário não tome uma decisão baseada na emoção que possa comprometer o seu acesso à assistência de saúde ou à previdência", reitera Wadson Boaventura, diretor da Fetec-CUT/CN e bancário do BB.

Na fala dos dirigentes, ficou marcada a necessidade de defender o BB e os trabalhadores, diante do atual cenário político depois do golpe que levou Temer ao poder, como destacou o diretor do Sindicato Renan Arruda. Já Teresa Cristina reforçou a importância de bancários do Brasil todo estarem mobilizados em torno dessa causa, numa frente ampla de solidariedade. Marianna Coelho, por sua vez, falou das medidas jurídicas para garantir direitos dos trabalhadores, enquanto Martha Tramm lembrou das ameaça futuras que cercam a Ditec e a Direção Geral; e, por fim, Paulo Vinícius frisou o ataque aos caixas da instituição.

A luta é conjunta



Bancários do BRB, da Caixa e de bancos privados engrossaram a atividade e reiteraram que a defesa do BB e das demais empresas públicas é fundamental para garantir que o país continue crescendo com distribuição de renda e redução das desigualdades sociais.

Empregado da Caixa e diretor do Sindicato, Wandeir Severo lembra que os trabalhadores da estatal enfrentam desafios semelhantes e que são solidários à luta dos bancários do BB. "Tanto no Banco do Brasil quanto na Caixa, as reestruturações atendem a um propósito comum: enfraquecer a organização dos trabalhadores, e quem sofre com isso somos nós mesmos. Enquanto diretoria do Sindicato, não vamos permitir que medidas como esta levem incertezas e inseguranças aos trabalhadores", alerta.

O ato contou com a distribuição da nova edição do Espelho, informativo do Sindicato direcionado para os funcionários do Banco do Brasil. Confira a versão online clicando aqui.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília


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