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29 de Agosto de 2018 às 20:11

Bancários de Rondônia aprovam proposta da Fenaban de 5% de reajuste salarial e direitos garantidos por dois anos


Porto Velho RO - Os bancários aprovaram, por unanimidade, no início da noite quarta-feira, 29/8, em assembleia geral realizada na sede do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), em Porto Velho, a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 5% (aumento real de 1,18% sobre uma inflação do INPC projetada em 3,78%), além da garantia de manutenção de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida para os empregados de bancos públicos e privados do Brasil, em acordo válido por dois anos.

Assim, fica garantida, até 2020, a manutenção de todos os direitos e a reposição total da inflação (INPC), mais 1% de aumento real para salários e demais verbas em 1º de setembro de 2019. Os bancos assumiram, ainda, compromisso de que não farão a substituição de bancários por trabalhadores precarizados, como terceirizados.

Foram mais de dois meses de negociações (iniciadas em junho) entre o Comando Nacional dos Bancários (formado pelos sindicatos, federações e Contraf-CUT) com os representantes dos bancos, e somente no último sábado, 25/8, a Fenaban enfim apresentou uma proposta que contemplava ganho real e, sobretudo, a garantia de não retirada de direitos.

“Foi uma longa jornada na Campanha Nacional, em rodadas de negociação em que sempre tivemos a rejeição das nossas propostas, e onde os bancos se mostravam dispostos a retirar direitos e não oferecer qualquer índice econômico justo. Nossa campanha foi antecipada, este ano, exatamente para garantir a ultratividade. Em todos os anos as campanhas são difíceis, sempre com resistência por parte dos representantes dos bancos, mas este ano além de difícil, ela se mostrava num cenário ainda mais tenebroso, com a constante ameaça de perda de direitos conquistados há décadas. Os trabalhadores entendem que, por se tratar de uma conjuntura totalmente desfavorável, com o alto índice de desemprego, com os danos da reforma trabalhista e com a terceirização sem limites que pode ser implantada a qualquer momento, essa é uma proposta que representa uma conquista para a categoria, pois assegura os nossos direitos por pelo menos dois anos, e ainda contempla ganho real, acima da inflação, para este ano e para 2019, bem diferente dos acordos fechados, no primeiro semestre, pela maioria das categorias de trabalhadores brasileiros. Alguns, que tiveram que decidir seus acordos na Justiça do Trabalho, sequer alcançaram o índice de inflação. Portanto, diante dessa que foi a negociação mais complicada e adversa que já tivemos, os bancários decidem que é o momento de aprovar a proposta pois é, sobretudo, uma vitória da categoria neste cenário nefasto de economia em crise e leis que foram criadas apenas para destruir direitos”, avalia José Pinheiro, presidente do Sindicato.

ACORDO DE DOIS ANOS

Os representantes dos trabalhadores entendem que, no atual cenário de retirada de direitos, um acordo de dois anos garante aos trabalhadores, até 2020, todas as conquistas previstas na Convenção Coletiva de Trabalho, para todos os empregados de bancos públicos e privados em todo o Brasil.

Em 2016 os bancários assinaram acordo de dois anos e isso se mostrou uma decisão muito acertada, pois foi graças a isso que a categoria, mesmo após a aprovação e vigência da nova lei trabalhista, direitos e o cumprimento da CCT nos anos de 2017 e 2018 foram assegurados.

Fonte: SEEB-Rondônia - Rondineli Gonzalez


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