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10 de Maio de 2018 às 08:16

Bancários de Brasília integram ato em defesa das empresas públicas


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - O auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, foi palco de um grande ato pela manutenção e fortalecimento das empresas públicas brasileiras e contra as investidas privatistas do governo ilegítimo de Michel Temer. A atividade, realizada nesta terça-feira (8), foi promovida pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e contou com o lançamento do livro “Se é público, é para todos”.

O evento, iniciado com a apresentação de uma esquete da Brigada Lula Livre, recebeu trabalhadores e militantes de diversas empresas públicas do país, além de parlamentares que atuam em comitês e frentes de defesa das estatais. Também participaram da atividade representantes das centrais sindicais CUT Nacional, Intersindical e CTB.

Em entrevista à TV Bancários, a coordenadora do Comitê e representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração da empresa, Rita Serrano, lembrou que o momento exige união e solidariedade da categoria bancária, principalmente para “defender o banco e a qualidade nas condições de trabalho durante a Campanha Salarial de 2018. A política do governo é de corte de empregados, fechamento de agências e diminuição das funções. O desmonte dos bancos públicos começa com a precarização”.

Rita destacou ainda que o atual governo listou 220 empresas para a privatização e, dessas, conseguiu dar vazão a 30%, mas ainda há uma lista emergente com empresas como os ativos da Eletrobras, refinarias da Petrobras e a loteria instantânea da Caixa Econômica Federal.

Fabiana Uehara, diretora do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), destaca que “a privatização das empresas do povo brasileiro só interessa ao grande capital, mantendo a lógica da grande concentração de riquezas para uma parcela muito pequena da população”. Para a representantes dos empregados da Caixa, a luta contra o fatiamento da empresa deve continuar forte, considerando os ataques à loteria instantânea, ao FGTS e a todo o papel social do banco.

“As investidas contra o BB começaram com o fechamento de várias agências pelo Brasil, unidades do interior do país que, inclusive, fomentavam a economia local. Com a decisão do atual governo de minar as empresas públicas, o BB sofre escassez de pontos de atendimentos e de funcionários nos locais que ainda existem, gerando, assim, um desmantelo na imagem de um dos maiores e mais importantes bancos públicos do mundo”, pontua o diretor do Sindicato e da Contraf-CUT, Jeferson Meira.

Carta aos candidatos

A Carta-Compromisso foi redigida para ser usada nas campanhas eleitorais deste ano, para que os candidatos se comprometam com a defesa e o fortalecimento das empresas públicas e do patrimônio público brasileiro.

O texto completo do documento, aprovado durante a atividade, será disponibilizado em www.comiteempresaspublicas.com.br.

“Se é público, é para todos”

Organizado pelo sociólogo Emir Sader, o livro “Se é público, é para todos” reúne textos de diversos autores sobre a importância das empresas públicas para a soberania e o desenvolvimento nacional. A obra conta com apresentação de Jair Pedro e José Maria Rangel; texto do economista Fernando Nogueira da Costa, sobre bancos estatais; do coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Moraes, sobre a trajetória da Petrobras; da Rita Serrano, sobre a história centenária da Caixa; além do próprio Sader, sobre esferas pública, estatal e privada.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília


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