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1 de Outubro de 2015 às 00:04

Bancários de Brasília e Roraima aprovam greve. Demais sindicatos do CN decidem nesta quinta

Para Fetec-CUT/CN, só a mobilização e uma greve forte forçarão bancos a apresentarem proposta que atenda as expectativas da categoria por aumento real de salário


Crédito: SEEB/Brasília

Em assembleias realizadas nesta quarta-feira 30 à noite, os bancários de Brasília, das cidades de Goiás situadas no entorno da capital federal representados pelo Sintraf-Ride e do estado de Roraima rejeitaram a proposta de 5,5% dos bancos e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir do dia 6 de outubro, com novas assembleias organizativas no dia 5. Os bancários das demais bases sindicais representadas pela Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN) fazem assembleias nesta quinta 1º de outubro, exceto os de Campo Grande (MS), que se reúnem na sexta-feira.

“É uma resposta à altura do tratamento dispensado pelos banqueiros à categoria”, resume o presidente do Sindicato de Brasília, Eduardo Araújo. 

As negociações tiveram início na primeira quinzena de agosto, quando a pauta foi entregue, mas de lá para cá os bancários ouviram uma cantilena de uma nota só, uma sucessão de negativas dos patrões. Nada de concreto foi apresentado em relação às reivindicações sobre garantia de emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho e mais segurança. Pelo contrário: mais de um mês depois de iniciada a Campanha Nacional, o que os representantes dos bancos ofereceram representa uma perda de 4% não somente nos salários, mas em relação às contribuições previdências, aos vales e ao piso da categoria - sem contar que foram desenterrar dos anos 90, período do governo FHC, a famigerada política do abono.  

“Retrocesso é a palavra que define a estratégia dos bancos de ressuscitar o abono, uma medida que foi e sempre será prejudicial aos trabalhadores e que vamos combater veementemente”, avisa Eduardo Araújo. 

 

Assembleias prosseguem nesta quinta

Os bancários das bases de outros oito sindicatos filiados à Fetec-CUT/CN fazem assembleias nesta quinta-feira 1º de outubro. Veja os horários:

Seeb Pará, dia 1º, às 19h.

Seeb Mato Grosso, dia 1º às 18h.

Sintraf Amapá, dia 1º, às 18h.

Seeb Dourados, dia 1º, às 18h.

Sinbama, dia 1º, às 17h.

Seeb Rondonópolis, dia 1º.

Seeb Rondônia, dia 1º.

Seeb Acre, dia 1º, às 16h40.

Seeb Campo Grande, dia 2, às 18h30.

“Somente com a mobilização e uma greve forte forçaremos os bancos a apresentarem uma nova proposta que atenda as expectativas da categoria por aumento real de salário, mais saúde e melhores condições de trabalho, proteção ao emprego, segurança e igualdade de oportunidades. O reajuste abaixo da inflação que os banqueiros nos propuseram, e a ausência de proposição para nossas reivindicações sociais, é um desrespeito para com a categoria”, critica José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN, que integra o Comando Nacional dos Bancários.

“Ao contrário dos bancos, que mesmo com os lucros recordes mostram intransigência, os bancários querem negociar e fechar um acordo que contemple suas reivindicações. Prova disso é que o Comando Nacional ficará de plantão em São Paulo na sexta-feira dia 13, à espera de que a Fenaban chame uma nova negociação e apresente uma proposta decente”, acrescenta Avelino.

 

BB, Caixa e BRB

Os bancários de Brasília também rejeitaram as propostas (ou falta delas) do BB e da Caixa, que os dois bancos federais sequer sinalizaram retomar as negociações, apesar da forte pressão da representação dos trabalhadores e mesmo após a Fenaban fazer sua proposta. Já o BRB propôs reajuste zero.

 

Compare as diferenças entre o que os bancários reivindicam e o que os bancos propõem:


 Fonte: Fetec-CUT/CN


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