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28 de Março de 2018 às 14:07

Bancárias de Marabá recebem homenagem do Sindicato


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Ter a rotina quebrada de vez em quando é bom, ainda mais quando a surpresa vem depois de um dia de trabalho e tudo aquilo que mais se quer é relaxar. Foi dessa forma, que no dia 21/03, em Marabá, sudeste paraense, o Sindicato dos Bancários do Pará homenageou as bancárias da região, com uma noite de dança, palestras, alongamento, cuidados com a pele, dicas de maquiagem e sorteio de brindes.

“Tentamos reunir coisas que a mulherada adora fazer em um evento só, sem esquecer-se do debate e troca de experiências sobre o trabalho bancário, afinal por sermos mulheres ainda sofremos com a desigualdade, o desrespeito e o assédio”, destaca a dirigente sindical na região, Heidiany Moreno.

A dupla e às vezes tripla jornada de trabalho e o assédio moral foram temas de duas palestras do evento. Segundo a advogada, Larissa Salame, as mulheres continuam sendo ainda as maiores vítimas no local de trabalho. “Reflexo de os cargos de chefias serem também ocupados em sua grande maioria por homens que se aproveitam de tal posição para transformar cobranças no trabalho em assédio moral e há casos de assédio sexual também”, explica a advogada.

O assédio moral é a exposição de alguém a situações humilhantes, constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício das funções. Essa conduta abusiva, em razão de sua repetição ou sistematização, atenta contra a personalidade, dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho.

Segundo levantamento do Ministério Público do Trabalho (MPT) a pedido do iG, em 2013, de cada dez denúncias de assédio moral no Brasil, três foram contra bancos.

O segundo bate-papo da noite foi com a psicóloga, Tabatá Veloso, que alertou às trabalhadoras sobre o acúmulo de funções que às vezes são levados para a casa em duplas ou triplas jornadas.

“Sabemos que nas agências bancárias, principalmente do interior do Pará, a demanda é maior, em detrimento do número reduzido de bancários e com as reestruturações que vêm ocorrendo. Todos acabam fazendo além de suas obrigações e levando trabalho para a casa, onde por si só já temos muitos outros afazeres sejamos mães ou não. Tudo isso sobrecarrega e afeta nosso emocional e psicológico, por isso temos que saber diferenciar e dividir as tarefas sem esquecer-se de nós, de cuidar da saúde e ter momentos divertidos como esse”, avalia.

Muitas bancárias foram acompanhas com suas famílias e puderam deixar os filhos no Espaço Criança e aproveitar o evento sem preocupação com os pequenos.
Para a bancária do BB, Jaqueline, a iniciativa do Sindicato foi uma ótima ideia. “Um momento de conscientização e também confraternização, para que saibamos o nosso real valor na sociedade”, define.

Fonte: Bancários PA


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