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6 de Julho de 2018 às 08:33

Ato na Rodoviária de Brasília marca Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - O Sindicato realizou um grande ato nesta quinta (5), no final da tarde, na Rodoviária do Plano Piloto, para marcar o Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas e da Soberania Nacional. Portando faixas com frases contestando a privatização das estatais - como “Privatizar é o gol contra o Brasil” - trabalhadores e dirigentes sindicais distribuíram edição especial do Informativo Bancário com esclarecimentos à população sobre os estragos da nefasta intenção do governo ilegítimo de Temer de entregar o patrimônio público brasileiro ao capital privado.

Durante todo o dia, os dirigentes sindicais visitaram diversos prédios de bancos públicos para distribuir o material e conversar com os bancários para alertá-los sobre os ataques privatistas de Temer.

Barrar a intenção privatista

Wadson Boaventura, diretor da Fetec-CUT/CN, reforçou a necessidade de denunciar e barrar os efeitos danosos da intenção privatista do governo ilegítimo. “Enquanto a população está envolvida com a Copa do Mundo, o congresso golpista age na calada na noite. Fiquemos todos atentos”, alertou.

“Assim como está ocorrendo em todo o país, viemos denunciar os ataques que esse governo golpista está promovendo com o nosso patrimônio em prol do capital estrangeiro”, ressaltou o secretário de Imprensa do Sindicato, Rafael Zanon, durante o ato, lembrando que os bancos públicos também estão na mira das privatizações. “O que significa aumento de tarifas e juros, e o fim do financiamento da casa própria, entre outros prejuízos”, citou.

E acrescentou: “É importante que a população se conscientize de que com a privatização os ricos ficarão cada vez mais ricos e os pobres ainda mais pobres”.

“Escolhemos a Rodoviária do Plano Piloto para dialogar com a população por ser um local estratégico. Por aqui, passam diariamente mais de 600 mil pessoas. Precisamos defender o nosso patrimônio, as nossas empresas públicas, construídas com muito sacrifício por gerações e gerações”, destacou o diretor do Sindicato Kleytton Morais. 

O dirigente sindical esclareceu que privatizar representa serviços com menos qualidade e preços mais altos. “É preciso proteger o que é mais sagrado para o povo brasileiro”, disse. Ele observou que os concursos públicos e o programa Primeiro Emprego podem acabar, uma vez que são assegurados via estatais.

A necessidade da conscientização da população aos ataques do governo às empresas públicas foi reforçada pela diretora do Sindicato Martha Tramm. “Corremos o risco de perder serviços essenciais e estratégicos para o país. Os preços da gasolina e do gás de cozinha, entre outros, podem aumentar ainda mais, além do aumento do desemprego e da diminuição da renda. Tudo isso para enriquecer os outros países. A nossa luta vai continuar. É questão de soberania nacional”, advertiu.   

Samantha Sousa, diretora da Fetec-CUT/CN, lembrou que “os bancos estaduais também estão sob risco, destacando o papel que eles desempenham para o desenvolvimento regional, como é o caso do BRB, um dos únicos desse segmento que resiste às ofensivas privatistas.

O diretor do Sindicato Antônio Abdan frisou a importância social da Caixa “por sua atuação em locais desassistidos por outras instituições financeiras e o que isso representa para o desenvolvimento econômico de regiões distantes do Brasil.”

O diretor do Sindicato Paulo Frazão endossou a importância de toda a população estar consciente do que está acontecendo no país e do que poderá vir pela frente, caso o governo privatize as estatais. “A luta é de todos nós. Portanto, venham lutar com a gente”, ressaltou.

 

Repentistas

A ato em defesa das estatais contou a presença dos repentistas João Santana e Valdemar que atraiu a atenção com as letras improvisadas sobre a pretensão de Temer em privatizar o patrimônio público.

Pérolas como essas, agradaram as pessoas que passavam pela Rodoviária:

“Voa sabiá do galho da laranjeira, da pedra da baladeira, vem voando sem parar... governo Temer, esse é o pior de todos, só está querendo nos prejudicar com a insistente intenção de privatizar...

Nosso salário nunca mais teve reajuste. Essa privatização, que retira o nosso patrimônio, é coisa do demônio”.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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