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7 de Agosto de 2018 às 08:41

Após jejum de oito dias, manifestantes pedem audiência com ministros do STF

Grevistas de fome reivindicam que os ministros da Corte coloquem na pauta de votação duas ações que contestam a possibilidade de prisão antes de terminados os recursos possíveis


Crédito: DIVULGAÇÃO/MPA

por Redação RBA

São Paulo – Os militantes de organizações do campo e da cidade que estão em greve de fome pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva irão ao  Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (7) para protocolar 11 pedidos de audiência com os ministros que compõem a mais alta Corte. Eles querem que o Tribunal coloque em votação duas ações declaratórias de constitucionalidade (ADC) que questionam a possibilidade de prisão, após condenação em segunda instância.

O protesto extremo, que chega no seu oitavo dia nesta terça-feira (7), ganhou a adesão do militante do Levante Popular da Juventude Leonardo Armando. Com ele, agora são sete os manifestantes em greve de fome. O estado de saúde dos seis primeiros, que resistem sem ingerir nenhum alimento, apenas tomando água e soro, chama a atenção das equipes de saúde, o que aumenta a pressão sobre as autoridades para o atendimento da pauta dos grevistas. 

“A perda de direitos em saúde e educação públicas, o aumento dos preços da comida, do gás e dos combustíveis, o aumento da violência sobre as populações negra, LGBT e de mulheres, bem como a volta da miséria e da fome nos move a fazer este ato extremo", afirmou o frei Sérgio Görgen, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Nesta terça-feira, uma comissão de senadores e uma comitiva de indígenas do povo Guarani também devem se encontrar com os militantes para prestarem apoio e solidariedade. 

Alojados no Centro Cultural de Brasília (CCB), os ativistas receberam nesta segunda (6) a visita do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). Eles também se encontraram com com participantes da Caravana Semiárido contra a Fome, que percorreu mais de 4 mil quilômetros cruzando o país para alertarem sobre a urgência de uma política de combate à pobreza no país. 


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