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24 de Outubro de 2018 às 13:57

Apoio a igualdade de gênero e não quem diga que mulher deve ganhar menos


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Um homem dizer “dei uma fraquejada e nasceu mulher”, soma-se a “mulheres devem ganhar menos porque engravidam”, são ideologias que legitimam o sistema político patriarcal e classificam a mulher como seres inferiores aos homens. Logo elas que dividem o tempo trabalhando em casa, fora e ainda conseguem cuidar de si, o que não significa que elas já conquistaram seus espaços. O caminho ficou menos longo, mas continua doloroso pela igualdade de gênero.

“Plano de governo sem menção a políticas públicas voltadas à mulher é um plano automaticamente excludente. Portanto, é imprescindível a existência de política pública voltada à mulher como, proteção ao mercado de trabalho, leis que tipifiquem criminalmente os crimes cometidos contra as mulheres, acolhimento às vítimas de violência, aborto seguro e acesso amplo para controle gestacional são alguns exemplos de medidas que devem sempre ser estimuladas”, pondera a bancária da Caixa e mãe, Patrícia Sousa.

Pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) aponta que, as mulheres ocupam 53% do total de vagas criadas em 2010 no setor bancário. No entanto, isso só foi possível, porque houve desligamento entre os homens, visto que, o número de bancários admitidos foram 50,56% e o de mulheres apenas 49,44%.
“Nós (estatisticamente) nos dedicamos muito mais ao estudo que eles e só não ocupamos o mesmo espaço no mercado de trabalho por um único motivo: a ideia amplificada da supremacia masculina sobre a gente, fato este que, considero ultrajante e a qual combato diariamente”, afirmou a bancária.

Na contramão de toda uma história de lutas por igualdade, respeito e valorização, há uma candidatura que não leva em consideração a população feminina, não há sequer propostas que reivindiquem melhores condições salariais e combate ao assédio, o que é posto em xeque sobre esse tema é “prender e deixar preso” (para qualquer tipo de crime a quem quer que seja). (pág.32)

“Não podemos generalizar homens e mulheres. Somos as maiores vítimas do preconceito, do assédio, do machismo, portanto precisamos de políticas específicas, voltadas para nós. A Lei Maria da Penha e a do Feminicídio são bons exemplos. Foram muitos os obstáculos para a garantia dos nossos direitos e não é agora que um projeto como esse, que ignora a nossa existência e que nos desrespeita em rede nacional, vai passar. O tempo mudou, muitas de nós têm dupla e até tripla jornada, entre a casa e o trabalho, por isso queremos dignidade, mais empregabilidade, remuneração justa, direitos trabalhistas e proteção à maternidade. Representamos 51% da população brasileira, isso que dizer que, a mudança na política depende da gente”, pontuou a vice-presidenta do Sindicato, bancária e mãe, Tatiana Oliveira.

O outro plano de governo em disputa quer retomar e consolidar as políticas para o enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher, por meio da integração e ampliação dos serviços e medidas preventivas de proteção e de atenção, como a Casa da Mulher Brasileira, e as promovidas pelo enfrentamento ao feminicídio, e com a Lei Maria da Penha. (pág. 20)
Em uma das agendas de campanha, o candidato à presidência disse que vai se “inspirar” em experiências internacionais sobre um selo qualidade para empresas que adotarem medidas que promovam o trabalho feminino, como uma forma de criar condições para que os empregadores promovam políticas de valorização de mulheres.

Elas no poder

Ainda de acordo com o plano, o governo vai trabalhar para aumentar significativamente a presença das mulheres nas instâncias de decisão do Poder Executivo, sobretudo na composição dos ministérios, do Poder Judiciário, do Poder Legislativo e Ministério Público. (p. 20)

Mães

Além da retomada de “políticas de saúde para as gestantes e de combate à mortalidade infantil”, consta no plano de governo do respectivo candidato e sua vice, que é mulher e mãe, o apoio aos “municípios para a ampliação das vagas em creche, que, além de representar um direito dos bebês e crianças, contribui para a autonomia das mulheres”. (p. 22)

 

Fontes: Bancários PA com El País, Revista Exame, Dieese SP e projetos de governo dos candidatos


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