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8 de Janeiro de 2018 às 07:45

Advogados trabalhistas tentam barrar posse de filha de Jefferson

ADVOGADOS TRABALHISTAS TENTAM BARRAR POSSE DE FILHA DE JEFFERSON


Crédito: Reprodução

Vários advogados começaram a ingressar com uma série de ações populares na Justiça Federal do Rio para tentar suspender a nomeação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do deputado-cassado Roberto Jefferson, para o Ministério do Trabalho e impedir a posse dela, marcada para a próxima terça-feira;  na semana passada, o Sindicato dos Advogados do Rio já havia manifestado "sua indignação e repúdio" à nomeação de Cristiane, que foi condenada em uma ação na Justiça do Trabalho

Brasília 247 - Um grupo de advogados trabalhistas começou a ingressar neste domingo com uma série de ações populares na Justiça Federal do Rio para tentar suspender a nomeação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho e impedir a posse dela, marcada para a próxima terça-feira. Eles fazem parte do Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes (Miti) e, entre eles está o advogado Carlos Alberto Patrício de Souza, que defende um dos motoristas que processou Cristiane Brasil.

— Estamos entrando com ações em várias comarcas porque, se uma indeferir, pode ser que outra aceite (a liminar que pede a suspensão da posse) — afirmou o advogado. — O argumento é com base no princípio da moralidade. Se ela infringe as leis trabalhistas, não pode ser ministra do Trabalho.

Ele não descarta que as ações possam ser ajuizadas também em outros estados.

Na semana passada, o Sindicato dos Advogados do Rio já havia manifestado "sua indignação e repúdio" à nomeação de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho do governo.

"Esta nomeação é um deboche contra milhões de trabalhadores brasileiros, que têm seus direitos trabalhistas, hoje, ameaçados por uma reforma que Cristiane Brasil ajudou a aprovar. Mas o pior de tudo é a nomeação para ministra do Trabalho de uma cidadã que não observou os direitos trabalhistas mais elementares de dois de seus empregados, sendo pessoalmente processada na Justiça do Trabalho. Foi condenada em um dos processos e ainda não pagou, sendo que no outro fez um acordo reconhecendo em Juízo o vínculo de emprego. Desta forma, com que autoridade alguém que desrespeita os mais elementares direitos trabalhistas pode coordenar os fiscais do Trabalho de todo Brasil?", diz a nota.

As informações são de reportagem de Juliana Castro em O Globo.



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