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21 de Fevereiro de 2018 às 09:39

#ACaixaÉdoPovo: Comitê Estadual em Defesa da Caixa é lançado no Pará


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Mais de 2000 pessoas acompanharam ao vivo, pelo Facebook, o lançamento do Comitê Estadual em Defesa da Caixa, na sede do Sindicato dos Bancários do Pará, no último sábado (17). O evento faz parte do calendário de lutas em defesa da Caixa 100% pública no estado.

“O Sindicato dos Bancários junto com sua categoria não têm medido esforços em defesa da Caixa 100% pública. A manutenção desse patrimônio é importante não somente para os bancários e bancárias, mas para o povo brasileiro que consegue empréstimos com menores juros, recebe vários benefícios sociais, como o Bolsa Família, e por isso estamos reunidos hoje aqui com várias entidades, associações, autoridades e outras pessoas que acompanham essa cerimônia pelas redes sociais”, destaca a vice-presidenta do Sindicato, diretora da CUT-PA e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará, dep. Carlos Bordalo (PT), foi um dos convidados para o lançamento e parabenizou a iniciativa. “Não só congratulo o Sindicato por mais essa luta como me coloco à disposição no que for preciso junto à Alepa. Em junho do ano passado, tentamos a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, mas pelo excesso de pedidos de surgimento de frentes, esse não foi acatado e priorizamos o lançamento da Frente pela Universalização do Saneamento que estendemos o convite a todos aqui presentes”, afirma.

Além dele estiveram presentes na mesa de lançamento, o presidente do Sindicato, Gilmar Santos, o diretor da Fetec-CUT/CN, Sérgio Trindade, a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim, a diretora da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Rachel Weber, o diretor da Associação do Pessoal da Caixa (Apcef), Alberto Araújo, o representante da Associação dos Advogados da Caixa (Advocef), Renan Azevedo e a representante da Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa, Vanessa Ribeiro.

“Hoje defender a Caixa e os bancos públicos é defender a manutenção dos nossos empregos e a possibilidade de ainda realizar nossos sonhos como o de garantir o futuro da nossa família. São anos de luta por melhores salários e condições de trabalho que não vamos permitir que esse governo golpista roube, e o que depende de nós nessa batalha estamos pronto e já fazendo a  resistência”, declara o presidente do Sindicato, Gilmar Santos.

Do outro lado da mesa, na platéia, estava o bancário da agência Tucuruí, Salomão Moreira, que fez questão de estar presente no evento. “A nossa distância da capital dificulta até a chegada de informações importantes que serão aqui debatidas, por isso estou aqui para entender um pouco mais do que pode acontecer com a Caixa futuramente. Quando vi a programação não pensei duas vezes e liguei para confirmar minha inscrição”, lembra.

Assim foi dado início ao seminário “Saúde CAIXA, Funcef e Previdência”, o assessor da Fenae para o tema de saúde, Plínio Pavão apresentou um breve histórico sobre a conquista do Saúde CAIXA, que segundo ele, está cada dia mais ameaçado, diante de várias tentativas do banco em mudar o modelo de custeio do plano de saúde que, desde 2004, é de 70% para a Caixa e 30% para os empregados, sendo os demais custos não assistenciais arcados 100% pela patrocinadora, fruto de negociação.

“Falta transparência da Caixa que não apresentou os relatórios do exercício de 2017, na reunião do Conselho de Usuários em novembro do ano passado, descumprindo o ACT. Vale ressaltar que tal Conselho deve ser obrigatoriamente consultado em caso de reajuste para o exercício seguinte, contudo, o Conselho não é deliberativo, mas apenas consultivo. Portanto a partir de setembro, quando encerra o período de vigência do Acordo temos que somar força e disposição pela manutenção do nosso plano, todos os aposentados e da ativa. Se as mudanças propostas pela Caixa forem implantadas não teremos como continuar pagando”, adverte Pavão.

Uma dessas mudanças foi a recente alteração do Estatuto da Caixa que estabeleceu um teto anual de 6,5% da folha de pagamento para a sua participação no custeio do plano.

Funcef e Previdência – À tarde do sábado foi reservada para a palestra sobre Funcef e Previdência com outro assessor da Fenae para o tema, Paulo Borges, que explicou como funcionam os planos de previdência complementar e sobre a atual situação do terceiro maior fundo de pensão do Brasil e um dos maiores da América Latina.

Borges destacou a ameaça que PLP 268/16 representa aos fundos de pensão. “É uma tentativa de inviabilizar a participação dos trabalhadores na gestão dos fundos de pensão, pois quer eliminar a possibilidade de eleições para as diretorias dessas entidades, defendendo a contratação de diretoria de mercado através de empresas especializadas, além de ao mesmo tempo garantir, no curto prazo, recursos para promover o ajuste fiscal exigido pelo mercado, portanto a luta do pessoal da Caixa é por tudo que está sendo ameaçado, que vai desde a manutenção do próprio emprego até o fundo de pensão”, avalia.

Participaram do evento empregados de Belém, Marabá, Moju, Parauapebas, Santarém e Tucuruí, tando da ativa quanto aposentados.

Fonte: Bancários PA


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