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26 de Setembro de 2016 às 09:38

21 dias de greve nacional: #negociabanqueiro

Comando Nacional dos Bancários enviou carta à Fenaban informando que estará reunido em São Paulo nesta segunda-feira, reiterando disposição para negociar. Bancos precisam respeitar funcionários e clientes e apresentar proposta decente para resolver campanha e acabar com a greve


Crédito: SEEB/SP

São Paulo - A greve dos bancários completa três semanas e todo mundo se pergunta: cadê os banqueiros?

Diante disso, o Comando Nacional dos Bancários reúne-se nesta segunda-feira para avaliar a paralisação que completa 21 dias, bem como a estratégia de continuidade do movimento, e enviou carta à Fenaban (federação dos bancos) reiterando a disposição para negociar.

“Avisamos a Fenaban da nossa reunião e informamos que continuamos dispostos a negociar”, afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato, uma das coordenadoras do Comando. “A forma de resolver a greve é os bancos retomarem a negociação.”

A categoria quer aumento digno para salários e PLR, valorização dos vales e do auxílio-creche, melhores condições de trabalho, mecanismos de proteção aos empregos. As instituições que compõem a mesa de negociação da Fenaban – Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa – lucraram quase R$ 30 bi nos seis primeiros meses deste ano. Mesmo ganhando tanto, o setor extinguiu mais de 9 mil postos de trabalho de janeiro a agosto de 2016.

“Passou da hora de os bancos atenderem às justas reivindicações dos trabalhadores e eles podem. Só assim a greve será resolvida”, ressalta a dirigente. “Os preços dos alimentos consumidos em casa aumentaram 17%, enquanto a inflação chegou a 9,62% (INPC entre 1º de setembro de 2015 e 31 de agosto deste ano)”, exemplifica. “O VA não é mais suficiente para a compra do supermercado, assim como o VR, já que no final do mês o bancário precisa tirar dinheiro do próprio bolso para almoçar. São aumentos que oneram o trabalhador. Os bancos podem pagar reajuste maior para esses itens.”

Greve por proposta decente – Na sexta-feira, 18º dia da paralisação nacional, 985 locais de trabalho permaneceram fechados em São Paulo, Osasco e região, com a participação de 38 mil bancários na greve.

“O setor que mais lucra no Brasil assume uma postura absolutamente irresponsável ao se recusar a negociar com os trabalhadores e estender por tanto tempo a paralisação nacional”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.

Comando de greve – Trabalhadores de bancos públicos e privados podem participar da reunião do comando de greve que será realizada nesta segunda, às 17, no Sindicato (Rua São Bento, 413). 

Fonte: SEEB/São Paulo


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