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16 de Maio de 2018 às 15:28

11ª Conferência dos bancários do Centro-Norte aprova propostas para a Campanha Nacional 2018

Resoluções do encontro promovido pela Fetec-CUT/CN em Brasília serão encaminhadas à Conferência Nacional, marcada para 8 a 10 de junho em São Paulo


Brasília - A Fetec-CUT/CN encerrou nesta quarta-feira 16 a 11ª Conferência Regional da Federação dos Bancários do Centro Norte, com a discussão e aprovação das propostas da categoria na região para a 20ª Conferência Nacional, que será realizada de 8 a 10 de junho em São Paulo para aprovar a pauta de reivindicações para a Campanha Nacional 2018. Nos dois dias precedentes, 6 e 7 de junho, haverá também em São Paulo os congressos separados dos bancários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Itaú, do Bradesco e do Santander. O Congresso dos Funcionários do Banco da Amazônia está marcado para 26 de maio.

“Foi uma conferência muito rica em propostas e debates, que demonstra o envolvimento de toda a categoria no fortalecimento da unidade e da luta pela preservação da Convenção Coletiva e dos direitos dos bancários, cujo eixo central da ação situa-se dentro do contexto das eleições de outubro, para o qual é preciso envolver a categoria, pois o projeto que interessa aos trabalhadores estará em jogo”, afirma Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.

No primeiro dia da conferência, na terça 15, os palestrantes e participantes  chegara a um consenso de que é necessária muita mobilização este ano para enfrentar os banqueiros e as urnas de outubro. Veja aqui como foi

As propostas aprovadas pela 11ª Conferência, que contemplam as sugestões do Comando Nacional, são as seguintes:

˃ Defesa da CCT e manutenção dos direitos.

˃ Defesa da mesa única de negociações.

˃ A CCT tem de continuar válida para toda a categoria.

˃ Proibir as demissões em massa.

˃ Defesa dos bancos públicos.

˃ Defender as eleições de 2018 como estratégicas para os trabalhadores e conclamar o voto nos candidatos comprometidos com as pautas da classe trabalhadora.

˃ Defender a taxa/contribuição negocial como mecanismo de participação dos trabalhadores na sustentabilidade dos sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais.

˃ Manutenção das homologações nos sindicatos.

˃ Defesa intransigente da democracia.

˃ Não à terceirização e defesa do emprego bancário.

˃ Realização de Seminário de Saúde do Trabalhador da Fetec-CUT/CN.

˃ Seminário de Comunicação da Fetec-CUT/CN.  

˃ Ampliar o debate com apoio da Contraf-CUT  sobre o ramo financeiro com foco nas cooperativas.

˃ Criar uma mídia que dialogue com a sociedade durante a campanha nacional.

Conjuntura complicada

Neste segundo dia da 11ª Conferência da Fetec, a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, participou da mesa sobre o Projeto Organizativo da Campanha Nacional 2018, abordando os temas O Sistema Financeiro que Queremos, o Ramo Financeiro, o Macrossetor (que envolve os trabalhadores das várias categorias de serviços, inclusive o sistema financeiro) e retomou o debate sobre os impactos da reforma trabalhista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

“Este é um ano com uma conjuntura muito complicada e é nela que faremos a campanha”, disse Juvandia, depois de criticar o sistema financeiro nacional, que cobra os maiores juros e spreads do mundo e drena os recursos da sociedade que deveriam ser investidos no financiamento do desenvolvimento econômico e social para gerar emprego e renda em um país em que os salários estão sendo reduzidos e há 13,6 milhões de desempregados.

“Os cinco maiores bancos tiveram R$ 77,4 bilhões de lucro líquido em 2017, um crescimento de mais de 30%, mas fecharam mais de 1.300 agências e 14 mil postos de trabalho, enquanto as operações de crédito tiveram queda de 1%. Eles aumentaram em 10% a arrecadação da receita de prestação de serviços. Têm carta branca do Banco Central para aumentar o que  quiserem. É um cartel autorregulado”, denunciou a presidenta da Contraf-CUT. “O sistema financeiro que queremos é que tenha função social, mesmo os privados.”

Eleição de outubro é estratégica

Para Juvandia, “vivemos momento difícil com estado de exceção e ataques à democracia, em que as leis e a Constituição não valem mais nada”. Por isso, ela considera questão central na campanha dos bancários deste ano as eleições de 2018.

“Temos que debater com a categoria. Para reverter a reforma trabalhista, garantir a Caixa e o Banco do Brasil públicos, impedir mais perdas para os trabalhadores e preservar a democracia, necessariamente temos que discutir a eleição presidencial. É também estratégica  a eleição do futuro Congresso. Precisamos eleger senadores e deputados comprometidos com nossa pauta e com nossos interesses”, alertou a presidenta da Contraf-CUT.

Bancos públicos e privados

Como subsídio para a discussão das questões específicas que serão tratadas nos congressos marcados para os dias 6 e 7 de junho, em São Paulo, às vésperas da Conferência Nacional, os dirigentes sindicais que representam a Fetec-CUT/CN nas Comissões de Empresa (COEs) fizeram relatos detalhados sobre os problemas e as principais reivindicações dos bancários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Itaú, do Bradesco, do Santander, do Banco da Amazônia e do BRB.

Assembleia aprova balanço

Ao final da Conferência Regional, os delegados se reuniram em assembleia ordinária e aprovaram o balanço orçamentário da Fetec-CUT/CN relativo ao ano fiscal de 2017.


Fonte: Fetec-CUT/CN


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