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14 de Agosto de 2020 às 19:01

Contraf-CUT debate a representatividade negra no Parlamento brasileiro


A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro participou, nesta sexta-feira (14), da sétima reunião da bancada do Partido dos Trabalhadores do Senado, com a coordenação do Senador Jaques Wagner (PT-BA), participaram também os senadores Humberto Costa (PE), Paulo Rocha(PT-PA) e Zenaide Maia (PROS-RN) juntamente com a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT e o Movimento Negro Brasileiro para debater Eleições Municipais e a representatividade negra no Parlamento brasileiro.

Segundo Martvs das Chagas, secretário Nacional de Combate ao Racismo do PT, do montante reservado para as candidaturas prioritárias no Partido dos Trabalhadores, 30% será destinado às candidaturas negras. “Todavia, nossa luta agora é para que o TSE aprove o percentual de 30% para candidaturas negras masculinas e 50% para as candidaturas negras femininas. Esta é nossa próxima batalha.”

O senador Jaques Wagner lembrou que, no próximo dia 20, haverá a votação do PL n° 2179, de 2020, que obriga os órgãos e instituições de saúde a promoverem o registro e cadastramento de dados relativos a marcadores étnicos-raciais, como idade, gênero, condição de deficiência e localização dos pacientes por eles atendidos em decorrência de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 (Covid19).

Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, explicou que os debates promovidos pela bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado têm sido muito importantes no sentido do diálogo e propostas na questão racial no parlamento. Em sua fala, o secretário da Contraf-CUT lembrou que os bancários estão em campanha salarial e uma das reivindicações é por mais contratações de negras e negros no sistema financeiro. “A cor da pele é um dificultador para ascensão profissional e as mulheres negras são as mais vulneráveis no setor”, disse.

Almir citou Salvador como o exemplo clássico de uma cidade predominantemente negra, com o número de bancários ainda insuficiente. “É a cara do racismo nos bancos”, completou.

 

Fonte: Contraf-CUT



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