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21 de Outubro de 2021 às 07:47

Sindicato adverte BB sobre aplicação do acordo de teletrabalho; tem plenária na quinta (21)


“Diante do silêncio do banco em relação à matéria o funcionalismo tem sofrido grande apreensão, motivo pelo qual ora formalizamos essa provocação ao BB, com vistas a garantir o imediato acionamento do acordo de teletrabalho às áreas e públicos elegíveis,” reforça Kleytton Morais, presidente do Sindicato.

O manual de trabalho presencial do BB apresenta diversas diretrizes que reforçam protocolos a serem observados no enfrentamento da Covid-19. Segundo o BB, tais diretrizes são elaboradas a partir de premissas, dentre as quais a de que um eventual retorno ao trabalho presencial se dará de forma gradual, considerando a situação epidemiológica da Covid-19 no Brasil e na região onde a unidade está localizada, além de estabelecer que, sempre que a natureza do trabalho permitir, parte dos funcionários de uma mesma equipe poderá permanecer em trabalho remoto.

Não obstante as linhas expressas no manual vigente, o Banco do Brasil vem insistindo em aplicar o oposto do que prescreve e, em momento ainda de alta de transmissão do coronavírus no DF, planeja a volta de todos os bancários em teletrabalho escalonados a partir de outubro em proporção de 30%, 60% e 100% até dezembro deste ano. Tendo em vista a intenção do banco, o Sindicato enviou ofício em que contesta a medida, e cobra a aplicação do Acordo Coletivo de Trabalho de Teletrabalho.

O referido acordo, firmado entre os bancários e o Banco do Brasil em dezembro do ano passado, se refere ao período pós-pandemia, conforme explicitado em sua cláusula 15ª: “não se aplica aos funcionários em teletrabalho no período de Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN), que estão abrangidos por Convenção Coletiva de Trabalho específica e/ou por Acordo Coletivo de Trabalho Covid-19”. Porém, o banco tem demonstrado, a partir da convocatória de volta ao trabalho presencial e de outras medidas e ações, que este cenário já chegou.

O presidente do Sindicato, Kleytton Morais, em trecho do ofício encaminhado nesta quinta-feira (14) ao Banco do Brasil, destaca que “nada obstante a discordância total do Sindicato com esta tese da direção do Banco, em vista do expressivo número de mortes e contaminados pela COVID, a retomada, tal como determinada, por óbvio, é incompatível com a manutenção dos trabalhadores no regime de teletrabalho emergencial”.

O dirigente, que também é bancário do BB, adverte que “se o banco está convocando os trabalhadores a retornar à modalidade presencial, está também considerando que não há covid e, portanto, é preciso a implementação do acordo de teletrabalho, para dar condições aos bancários que permanecerão protegendo sua saúde e de familiares”.

Assim, o Sindicato compreende que a continuidade dos cuidados se faz necessário de modo a preservar o maior número possível de pessoas e evitando-se a eventual contaminação das equipes, uma vez que as condições de fato que serviram de base à negociação e ao Acordo Coletivo permanecem válidas e são inegáveis.

Plenárias vão debater o assunto

Diante desse cenário, o Sindicato convoca os bancários para duas plenárias virtuais para debater medidas de combate à Covid-19 nos locais de trabalho.

A primeira, dirigida exclusivamente aos funcionários do BB, será realizada na quinta-feira (21), às 20h, com transmissão pelo portal e pelas redes sociais do Sindicato, para debater o retorno ao trabalho presencial nos centros administrativos da instituição.

A segunda, da qual todos os bancários, de todos os bancos, poderão participar, será no dia 27, também às 20h e com transmissão pelas plataformas digitais do Sindicato, para debater a luta por condições de trabalho e proteção aos trabalhadores lotados em agências.

Da Redação


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