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19 de Maio de 2022 às 17:34

Funcionários do BB do grupo de risco ganham duas semanas antes de voltar ao trabalho

Comissão de Empresa dos Funcionários conseguiu ampliar o prazo de reapresentação para 6 de junho, além de evitar descomissionamentos após fim do acordo emergencial da covid-19


Os 1.276 funcionários do Banco do Brasil que estão em trabalho remoto emergencial por serem autodeclarados do grupo de risco da Covid-19 ganharam mais duas semanas e podem voltar para o trabalho presencial até o dia 6 de junho. O início do processo de retorno acontece a partir desta segunda-feira (23). Mas em negociação realizada nesta quinta-feira 19 com a direção do banco, a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB conquistou a ampliação do prazo de retorno.

“Foi mais uma vitória do movimento sindical. A Federação dos Bancários do Centro-Norte participou das negociações e exigiu do BB um tratamento respeitoso para com esses colegas que fazem parte desse grupo especial e que ainda permanecem em trabalho remoto especial. Por conta das ponderações que apresentamos, o banco entendeu a necessidade de implementar a medida dentro de um intervalo de tempo relativamente justo para esses colegas”, afirma Cleiton dos Santos Silva, presidente da Fetec-CUT/CN e representante da Federação na Comissão de Empresa (CEBB).

“A pandemia ainda não acabou. Inclusive as notícias são de que os casos vêm aumentando. Por isso, não concordamos com o fim do Estado de Emergência e, consequentemente, com o retorno do grupo de risco ao trabalho presencial. Mas, o banco tinha estipulado que o retorno se daria já na próxima segunda-feira (23). Por isso, avaliamos que esta prorrogação é uma conquista importante para os trabalhadores que ficaram muito tempo trabalhando das suas casas e precisam de uma adaptação para esse retorno, principalmente os do grupo de risco, que necessitam de cuidados especiais”, comemorou o coordenador da Comissão de Empresa, João Fukunaga.

O retorno ao trabalho presencial foi definido depois do Governo Federal ter decretado o fim do Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin). Com isso, também se encerra o Acordo Emergencial de Covid-19, que autorizou o trabalho em home office.

Horas negativas

O acordo coletivo emergencial do Banco do Brasil, aprovado pelos funcionários em junho de 2020, previa a anistia de 10% do saldo total de horas negativas a compensar, com prazo de compensação de horas negativas de 18 meses. Caso não fossem pagas, os funcionários teriam essas horas descontadas do seu pagamento.

Nesta quinta-feira, o banco apresentou o quadro de funcionários que estão com horas negativas. “A pandemia durou um tempo maior do que o imaginável. Com isso, um grupo de trabalhadores acumulou um banco de horas negativas muito grande, impossível de ser compensado. Com os dados em mãos, nós vamos debater uma proposta para apresentar ao banco na próxima reunião”, disse a secretária da Mulher e representante da Contraf-CUT nas negociações com o Banco do Brasil, Fernanda Lopes.

Descomissionamento

O acordo coletivo emergencial também continha o compromisso do BB de não descomissionamento por desempenho enquanto durar a pandemia. Com o fim da Espin, o movimento sindical pede uma negociação para evitar esse movimento em massa. O assunto também volta a ser debatido na próxima reunião, que ficou marcada para a próxima terça-feira (24), às 10h.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT


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