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21 de Janeiro de 2021 às 08:55

Frentes em defesa dos bancos públicos e da soberania nacional discutem plano de resistência ao desmonte do BB


As Frentes Parlamentares Mistas em Defesa dos Bancos Públicos e da Soberania Nacional, integradas também por representações dos trabalhadores, reuniram-se nesta terça-feira (19), com o Sindicato dos Bancários de Brasília, a Contraf-CUT e demais entidades representativas do funcionalismo do Banco do Brasil, para definir estratégias de enfrentamento ao desmonte do banco e aos ataques aos funcionários com a desestruturação anunciada em 11 de janeiro.

O encontro se deu de forma remota, entre 16h e 19h. Participaram os deputados José Carlos (PT-MA), coordenador da Frente Parlamentar MIsta em Defesa dos Bancos públicos, Pompeo de Mattos (PDT-RS) e Erika Kokay (PT-DF); o senador Jaques Wagner (PT-BA); a representante eleita dos funcionários para o Conselho de Administração do BB (Caref), Débora Fonseca; e os dirigentes de entidades Kleytton Morais, presidente do Sindicato; Raffaella Gomes, diretora do Sindicato; João Fukunaga, dirigente da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil; Isa Noronha, presidenta da FAABB; Reinaldo Fujimoto, presidente da ANABB; e Loreni de Senger, presidenta do Conselho Administrativo da AAFBB. Manoel Mello Netto representou o deputado João Daniel (PT-SE), coordenador do Núcleo Agrário da bancada do PT na Câmara Federal.

O presidente do Sindicato lembra que a retomada dos encontros das comissões mistas com representantes dos trabalhadores estava prevista para depois do recesso parlamentar, mas foi antecipada por conta do ataque da direção do BB à instituição e seus funcionários. “Buscamos nessa reunião emergencial definir estratégias de atuação articuladas, com mobilização dos trabalhadores do BB, ações no Congresso Nacional e junto a governadores, prefeitos, câmaras legislativas estaduais e municipais, associações comerciais e industriais, agricultores, clientes e usuários do BB. Debatemos, como bem definiu o senador Jaques Vagner, um ‘plano de resistência’ à destruição do Banco do Brasil como instituição pública e à destruição do emprego, dos direitos e das conquistas dos bancários e bancárias”, frisou Kleytton Morais.

O plano de resistência deve, nas palavras do senador baiano, buscar atingir os municípios, com envolvimento de vereadores, prefeitos, entidades e comunidades locais. “O povo tem carinho pelo Banco do Brasil, tem orgulho do Banco do Brasil”, disse Jaques Wagner.

Erika Kokay reforçou a ideia de dar capilaridade ao plano de lutas com ampla articulação de representações dos trabalhadores e da sociedade com atores políticos, a partir dos municípios. Para a deputada, “essa capilaridade é indispensável à nossa resistência, porque é lá no território onde o banco se faz presente na vida dos brasileiros que vamos obter o respaldo social à preservação do BB como banco público”, pontuou a deputada.

Para João Fukunaga, da Comissão de Empresa, a alegada economia de R$ 300 milhões é insignificante em comparação com os expressivos resultados obtidos pelo banco e, sobretudo, em relação à função social que ele cumpre. “O que estamos assistindo é uma gestão temerária, que não dialoga com as representações dos trabalhadores e tenta alijar do debate até mesmo a representante dos funcionários no Conselho de Administração, para impor o plano do governo de desmonte do banco, com ataques ao funcionários e prejuízos irreparáveis à sociedade”, frisou o representante da Contraf-CUT na reunião.

O deputado José Carlos apontou a mobilização do conjunto da categoria bancária na defesa do BB como fator decisivo para a conquista de apoio no parlamento e na sociedade. “Não são só os funcionários do BB que formam a nossa infantaria, que deve estar na linha de frente do campo de batalha. São todos os bancários e bancárias do país, de todos os bancos, numa soma de forças capaz de contagiar agentes políticos e sociais para o combate ao plano do governo de destruição do banco público”, acentuou o parlamentar.

Estratégias e ações apontadas na reunião das frentes mistas para o plano de resistência e de luta em defesa do BB:
Construir uma grande frente com entidades de classe, movimentos sociais, parlamentares, governadores, prefeitos e comunidades.
Convocar ao Congresso o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Convocar ao Congresso o presidente do BB.
Solicitar audiência com o presidente do BB.
Realizar um dia de grande mobilização nacional.
Paralisar atividades do banco.
Divulgar manifesto conjunto contra a reestruturação.
Produzir e divulgar documentos demonstrando o custo social e econômico da reestruturação, especialmente para as economias locais.
Judicializar o combate à reestruturação com a estratégia de ações em vários municípios.
Propor decreto legislativo para sustar as medidas do banco em contexto de pandemia.

Veja a íntegra da live da reunião das Frentes Parlamentares Mistas em Defesa dos Bancos Públicos e da Soberania Nacional: https://www.youtube.com/watch?v=I-B3hyh0PVg&feature=youtu.be


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