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26 de Fevereiro de 2021 às 07:00

Entidades sindicais questionam reestruturação no Banco da Amazônia


O projeto de reestruturação dos bancos públicos que o Governo Bolsonaro vem impondo no Banco do Brasil e na Caixa também já está em curso nos bancos federais regionais. Por esse motivo, o Sindicato dos Bancários do Pará, juntamente com a Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte reivindicaram uma reunião com o Banco da Amazônia para debater essa questão, a qual ocorreu na tarde dessa terça-feira 23, de forma virtual.

Sobre a reestruturação, o Banco alega que não seria exatamente esse o termo a ser aplicado, mas sim uma “adequação estrutural”. Segundo o banco, a sua estrutura organizacional não reduziu de tamanho de maneira a acompanhar a redução sucessiva do quadro de empregados definido pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – SEST desde 2017.

Com essa reestruturação, ou “adequação estrutural”, o Banco da Amazônia pretende extinguir 44 funções de caixa e 32 de assistente, sendo que nesta última seriam 16 assistentes de atendimento e 16 assistentes administrativos.

O banco também informou que haverá o suprimento de 20 vagas de caixa e de 24 vagas de assistente através de processo seletivo interno. É importante ressaltar que as duas funções extintas de assistente serão unificadas. É aí que surgem as 24 vagas que serão preenchidas através de processo seletivo.

“Por mais que o Banco da Amazônia queira dar outro nome para a reestruturação dentro da instituição, o projeto do Governo Bolsonaro é o mesmo para o Banco da Amazônia, para a Caixa, Banco do Brasil e demais bancos públicos: reduzir o número de bancários, fechar agências, extinguir funções, precarizar ao máximo o atendimento para acelerar o processo de privatização dos bancos e empresas estatais e atender aos interesses do mercado internacional. É preciso estarmos atentos e fortes para defendermos os bancos públicos e os nossos empregos”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.

Incorporação de função

Outro debate importante na reunião de hoje foi a incorporação de função. Sobre o assunto o Banco da Amazônia informou que os empregados que tiverem mais de 10 anos de função comissionada e que porventura percam a mesma em virtude da reestruturação, poderão solicitar a incorporação de função de forma administrativa.

“É fundamental que os empregados do Banco da Amazônia com mais de 10 de função comissionada entrem em contato com o Sindicato para informar se perderam sua comissão devido a reestruturação, para que possamos passar as orientações e toda assistência jurídica necessária para garantir a manutenção de seus direitos. Sabemos que o projeto do Governo Bolsonaro é de sempre prejudicar a classe trabalhadora e a nossa categoria. Portanto, mais do que nunca precisamos estar unidos e mobilizados para defendermos os nossos direitos”, destaca o secretário geral do Sindicato e coordenador da Comissão de Empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Retorno do Grupo de Risco

O debate sobre a pandemia do novo coronavírus não poderia ficar de fora dessa reunião, principalmente sobre o retorno do grupo de risco, previsto para 01/03. Sobre esse assunto, o Sindicato dos Bancários do Pará já havia encaminhado ofício ao Banco para discutir sobre o referido retorno, tendo em vista o aumento do número de casos de Covid=19, bem como o surgimento de novas cepas do vírus.

“O Banco da Amazônia assegurou em mesa que o grupo de risco não retornará na data anteriormente prevista pelo banco. Entretanto, ainda não houve decisão sobre quando será o retorno. Tão logo a data da prorrogação seja definida, o banco informará oficialmente ao Sindicato”, explica a dirigente sindical e empregada do Banco da Amazônia, Suzana Gaia.

Agência Nova Marabá

O Sindicato voltou a cobrar providências para as reformas urgentes e necessárias na agência Nova Marabá do Banco da Amazônia. Em outubro de 2020, através de visitas rotineiras para diálogo com a categoria na referida unidade, o Sindicato dos Bancários tomou conhecimento da situação estrutural precária em que se encontra a mesma.

O problema foi comunicado ao banco na época e a entidade sindical reivindicou reformas no prédio da agência. Inclusive houve reunião com o superintendente do Banco em Marabá em busca de solução.

A questão é que já se passaram mais de quatro meses da denuncia e nenhuma providência ainda foi tomada. Por esse motivo, os empregados da unidade resolveram protocolar denuncia junto ao Ministério Público do Estado em busca de providências, pois já estão cansados de trabalhar em situação precária.

PLR 2017

O Sindicato aproveitou a oportunidade para cobrar uma resposta do banco sobre a proposta de acordo da PLR 2017 e para questionar sobre a divulgação do balanço financeiro da instituição, tendo em vista o pagamento da segunda parcela da PLR 2020.

O Banco da Amazônia informou que a proposta foi analisada pelo seu jurídico e encaminhada para a diretoria do banco se posicionar.

O Sindicato também cobrou resposta aos questionamentos realizados ao banco sobre o tema de Saúde e o mesmo garantiu que encaminhará as informações até sexta-feira 26/02.

Fonte: Bancários PA


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