Kleytton Moraes

Estamos em potência máxima de atuação e seguiremos decididamente firmes no enfrentamento à dramática crise produzida pelo coronavírus (Covid-19). Dedicamos incansáveis horas à proteção dos colegas e da população nos bancos. Investimos pesadamente na interlocução com empregadores, poderes constituídos e instituições por arranjos que garantam prover serviços essenciais e atendimento em condições sanitárias de máximo REFORÇO de protocolo no sistema financeiro.

Concentramos esforços e, por vezes, dada as circunstâncias, lideramos processos para que sequer seja aventada a ocorrência da irreparável perda de vidas em razão de inércia.

Estamos cientes de que os próximos dias serão ainda de maior tensão.  À medida que o tempo avança e a população se aproxima da curva de contágios, a tempestividade das decisões será decisiva para a segurança das pessoas e a garantia das vidas.

Por isso, mais do que nunca, precisaremos contar com cada uma e com cada um, companheira e companheiro, para fazer as escolhas precisas e transmitir em alta potência a importância decisiva de se ampliar o máximo possível a permanência em casa das bancárias e dos bancários, assim como de todo o povo. #FiqueEmCasa. A vida não tem replay.

As notícias de perdas de vidas em todo o mundo, no Brasil e agora em nossa categoria nos impele enorme pesar e terrível dor. No sábado (4), morreu em decorrência de infecção pela Convi-19 o gerente da Caixa em São Mateus (ES) Marco Antônio Vieira dos Santos Filho, conhecido como Marquinhos, de 35 anos.

Nossa solidariedade e respeito irrestritos aos profissionais, homens e mulheres que, conscientes da imprescindibilidade da sua atuação, ainda que flertando com a circunstância da morte, em elevado senso de responsabilidade, humanidade e compaixão, realizaram e realizam as tarefas para que a vida seja possível aqui, ainda que para isso arrisquem-se, prematura e dolorosamente, na travessia aos campos Santos.

Todavia, o compromisso dos imprescindíveis carece de uma ampla condicionalidade. Profissionais de saúde, da limpeza, do sistema financeiro … não fugirão às suas missões, porém a exercem em condições de gritante excepcionalidade e em máximo respeito à vida. Que este ATO jamais possa ser desvirtuado. Que a vida jamais possa sucumbir ao lucro ou a quaisquer outros interesses que não o de preservar a vida, na perspectiva da coletiva humanidade.

Das autoridades, dos banqueiros, de toda forma constituída de mandatária representatividade, exigimos respeito à VIDA. Responsabilidade que cobramos ontem, agora – tempo presente – e no implacável futuro. É hora de prudência, com adoção de todos os protocolos reconhecidos e recomendados pelas autoridades mundial e local de SAÚDE.

A vida pede urgência. Por isso, entendemos e não fugiremos à nossa missão, ao nosso papel.

O Sindicato dos Bancários de Brasília, juntamente com a Contraf-CUT, sob orientação técnica de colegas e parceiros, tem se dedicado a formular soluções que assegurem o cumprimento dos protocolos SANITÁRIOS que garantam, por exemplo, o isolamento social e que, excepcionalmente, em caráter de contingência, evitem aglomerações, quando do atendimento presencial.

Esta concertação chamamos para nós, porque inadiável, urgente e imprescindível à garantia da vida. Porque entendemos que QUEM TEM FOME TEM PRESSA. Por isso, nossa peleja para que o Governo Federal libere logo os recursos financeiros para que milhões de brasileiras e brasileiros possam garantir em segurança a sua dignidade e sobrevivência.

Atuaremos firmes. Nossa contribuição será dada ao povo e aos povos, mas com a máxima proteção e com exposição direta apenas em casos excepcionais. Para que nenhuma vida seja perdida. Para que nossa atuação, enquanto bancárias e bancários, trabalhadoras e trabalhadores no sistema financeiro, seja sinônimo de segurança e compromisso com a vida.

Marquinhos, demais colegas, profissionais de saúde, todas e todos aqueles imprescindíveis à luta pela vida: presente, presente, presente!

Nesta guerra contra essa desgraça, de enorme letalidade e promotora de tragédia humanitária, a covid-19, a depender das escolhas, cessará de ceifar vidas.

Kleytton Morais é presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília